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CORRUPÇÃO NA GESTÃO VANDERLEI: ESQUEMA DE CARTEL NO CEMITÉRIO MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA É DESCOBERTO

Uma denúncia explosiva envolvendo a gestão do ex-coordenador do Cemitério Municipal de São João da Boa Vista, José Carlos Ignácio Theodoro, e servidores da administração pública veio à tona, revelando um esquema de corrupção, cartel e fraudes financeiras. Um ofício enviado pelo ex-coordenador de Serviços Funerários, Danilo Azevedo Ruiz Galhardo, protocolado na Câmara Municipal, Controle Interno e Ministério Público, detalha como práticas ilícitas eram conduzidas em detrimento da população e dos cofres públicos.

CORRUPÇÃO NA GESTÃO VANDERLEI: ESQUEMA DE CARTEL NO CEMITÉRIO MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA É DESCOBERTO
CORRUPÇÃO NA GESTÃO VANDERLEI: ESQUEMA DE CARTEL NO CEMITÉRIO MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA É DESCOBERTO (Foto: Reprodução)

CORRUPÇÃO NA GESTÃO VANDERLEI: ESQUEMA DE CARTEL NO CEMITÉRIO MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA É DESCOBERTO

As denúncias culminaram na abertura do Inquérito Civil nº 14.0430.0000431/2021-2 pelo Ministério Público Estadual, que apura os atos de improbidade administrativa.

Uma denúncia explosiva envolvendo a gestão do ex-coordenador do Cemitério Municipal de São João da Boa Vista, José Carlos Ignácio Theodoro, e servidores da administração pública veio à tona, revelando um esquema de corrupção, cartel e fraudes financeiras. Um ofício enviado pelo ex-coordenador de Serviços Funerários, Danilo Azevedo Ruiz Galhardo, protocolado na Câmara Municipal, Controle Interno e Ministério Público, detalha como práticas ilícitas eram conduzidas em detrimento da população e dos cofres públicos.

O ESQUEMA DO CARTEL E PREÇOS INFLADOS

Conforme a denúncia, na gestão anterior de Vanderlei impedia que novos empreiteiros ou pedreiros de confiança dos familiares de concessionários atuassem no cemitério.

A justificativa para essa obstrução? Manter o controle de um esquema de cartel entre empreiteiros cadastrados, muitos deles ligados diretamente a servidores municipais, como esposas e filhos.

Empresas como Chalmers dos Reis Martins MEI (filho do servidor Charles Fernandes Martins) e Vera Lúcia M. de Souza ME (esposa de Antônio Aparecido de Souza) foram identificadas como participantes do esquema. Elas captavam serviços através de um rodízio organizado pelos próprios servidores, enquanto mantinham preços elevados para lucrar em detrimento da população.

 USO DE RECURSOS PÚBLICOS E PECULATO

Além disso, o esquema envolvia o uso de materiais públicos, como cimento e ferragens, desviados para obras particulares durante o horário de trabalho. Essa prática configurava peculato furto, gerando prejuízo direto ao erário.

Os servidores envolvidos também apresentavam sinais de enriquecimento incompatível com suas remunerações. Imóveis, veículos e padrões de vida incompatíveis levantaram suspeitas, levando à instauração de processos investigativos.

"CAIXINHA" E EXTORSÃO

A denúncia aponta ainda para a existência de uma "caixinha", na qual prestadores de serviço eram obrigados a repassar percentuais para a administração, sob pena de serem excluídos do rodízio de serviços. Essa prática configurava um esquema de extorsão organizado por servidores públicos, consolidando o caráter mafioso das operações.

AÇÃO DO EX COORDENADOR

Ao assumir a gestão em meio à pandemia de Covid-19, Danilo Galhardo encontrou irregularidades de grande magnitude, como restos mortais sem identificação e sepulturas sem contratos ou licenças. Ele imediatamente interrompeu os serviços particulares realizados pelos servidores, determinou a realocação de Charles Fernandes Martins para evitar manipulação de provas e iniciou sindicâncias administrativas.

Entre os processos em andamento, destacam-se:

- Processo 12.416/2022

- Processo 2563/2023

- Processo 15308/2023

CONSEQUÊNCIAS E INVESTIGAÇÕES

As denúncias culminaram na abertura do Inquérito Civil nº 14.0430.0000431/2021-2 pelo Ministério Público Estadual, que apura os atos de improbidade administrativa. Documentos anexos ao ofício confirmam fraudes em arrecadações, além de registros financeiros suspeitos no sistema da prefeitura.

Desde 2021, o coordenador Danilo Azevedo Ruiz Galhardo tem trabalhado incansavelmente para levantar provas e desarticular o esquema de corrupção no Cemitério Municipal. Entre suas primeiras ações, estão a proibição de todas as práticas ilícitas, como a execução de serviços particulares por servidores e o uso de materiais públicos para fins privados. Recentemente, Danilo conseguiu reunir novas documentações que fortalecem as acusações e comprovam as irregularidades, entregando-as às autoridades competentes, incluindo a Câmara Municipal, o Controle Interno da Prefeitura e o Ministério Público Estadual, para que as providências cabíveis sejam tomadas.

No final do ano passado, Galhardo esteve na tribuna da Câmara Municipal e expôs toda a história, apresentando as provas e documentos que já estão nas mãos do Ministério Público. Sua fala foi direta e contundente, sem deixar dúvidas sobre a gravidade dos fatos.

Agora, basta saber se a Câmara Municipal terá coragem de abrir uma CPI e convocar Galhardo para que ele possa expor todos os fatos oficialmente, ou se irão proteger o prefeito e fingir que nada aconteceu. A população espera uma resposta firme e transparente dos vereadores diante de uma denúncia tão séria.

A CORTINA DE FUMAÇA DO VEREADOR CARIOCA

Curiosamente, enquanto a verdade sobre o esquema de corrupção vem à tona, o vereador Carioca tem feito denúncias vazias sobre o cemitério, sem qualquer embasamento jurídico. O que se percebe é que sua postura pode ser uma tentativa desesperada de criar uma cortina de fumaça para desviar a atenção do verdadeiro escândalo que assombra a gestão passada.

A pergunta que fica é: por que Carioca não questiona as denúncias de cartel e corrupção no cemitério? Quem ele está protegendo?

Enquanto a cidade aguarda respostas, a pressão popular cresce para que os envolvidos sejam responsabilizados e que a Câmara Municipal demonstre transparência e compromisso com a verdade.

Para nossa reportagem Danilo Galhardo colocou-se à disposição para esclarecimentos em uma eventual Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). No entanto, é pouco provável que os vereadores tenham a coragem de instaurar essa investigação, pois, ao fazê-lo, poderão descobrir fatos que não interessam ao grupo que atualmente detém o poder.

Seguiremos acompanhando o desenrolar dessas investigações e, em breve, traremos mais detalhes sobre o cartel que operava no cemitério municipal.

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